SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL CLEITON COSTA
PLANO DE ESTUDO
CRECHE 0 a 3 ANOS
2015-2016
Engenho Velho, dezembro de 2014.
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome: Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Endereço: Rua Antônio Trombeta, 35
Município: Engenho Velho – RS
Telefone: (54) 3363 – 9607 e (54) 3363 – 9600
Secretária: Leonara Piran Frigeri
Coordenação Pedagógica: Leidinara B. Santin
Período de vigência do Plano de Ensino: 2015 a 2016
Duração do ano letivo: 200 dias
Carga horária anual: 800 horas
2. FILOSOFIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
·
Inserir a
comunidade na vida da escola e a escola na vida da comunidade, desenvolvendo
processos participativos.
·
Construir juntos o Projeto Político Pedagógico da
Escola e desenvolvê-la de tal maneira que todos os segmentos da Comunidade
escolar se reconheçam e estejam verdadeiramente comprometidos com ela.
·
Adequar a estrutura, o funcionamento e a
organização da escola ao seu Projeto Político Pedagógico e aos princípios de
descentralização e mobilização.
“Ser uma Escola de
todos e para todos.”
3. PRINCÍPIOS
NORTEADORES E VALORES
A principal
função da escola é formar cidadão com consciência de suas raízes históricas,
capazes de afirmar a sua identidade.
Proporcionar
ao homem a realização integral, abrindo caminhos à transformação social.
O homem
como centro do processo, um ser crítico, questionador, dialógicos e que busque
constantemente sua libertação pessoal e transformação da realidade em que vive.
Os valores
do ser humano devem ser trabalhados de forma que atinjam a plenitude em seu
desenvolvimento e no relacionamento na sociedade.
O homem,
por ser criado a imagem e semelhança de Deus, para ser feliz é que ele se ame e
tenha confiança em si próprio, para poder irradiar felicidade e confiança aos
outros. A plena felicidade é adquirida através do amor a Deus, da fé vivenciada
e do pleno conhecimento que o amor fraterno conduz à justiça e a solidariedade;
transformando a sociedade, de modo a fazê-la mais feliz, livre de preconceitos
e individualismos.
A família é
a base da sociedade. É nela que nascem os integrantes desta sociedade. Os
valores morais, culturais, sociais e educacionais são estruturados neste
primeiro grupo social.
O homem
constrói a sua história a partir de sua vivência, da experiência e da busca de
conhecimentos.
É coerente,
honesto, comprometido com a verdade e, por isso, tem consciência política e
ideológica, capaz de abrir mão de suas convicções, é aberto ao diálogo e às
mudanças que acontecem no contexto histórico- social.
Na
sociedade ideal, os homens se revelam cidadãos conscientes que lutam pela sua
sociedade, em benefício do amor à terra, da preocupação com a produção de
alimentos naturais, da preservação do solo e do meio ambiente, em busca de
condições básicas de sobrevivência.
O ser
humano, dotado de inteligência, torna-se capaz de conhecer e decidir sobre si
mesmo e sobre o mundo, através de seu conhecimento, descobre suas
potencialidades científicas e culturais. A partir desses conhecimentos, o homem
estabelece conceitos e princípios, alcança sua auto realização e luta para
atingir seu crescimento pessoal, cultural e profissional.
Mas é
inegável que o momento atual exige dos homens novos pensamentos e atitudes.
Percebem-se em todos os aspectos (profissional, familiar, religioso, social) as
influências e as consequências das mudanças e transformações ocorridas ao longo
do processo de formação da humanidade.
Acredita-se
que a grande maioria das pessoas aspira sempre uma vida melhor, mais harmonia,
menos violência, mais compreensão e amor entre os homens. Enfim, quantidade e
qualidade de bem-estar são desejos constantes a permear a vida de todos.
Na real
formação do cidadão há que se respaldar em princípios e valores que propicie a
humanização, como a solidariedade, a justiça, a cooperação, o saber e o prazer
entre outros.
No desejo é
que toda a comunidade escolar (pais, funcionários, alunos, professores e equipe
diretiva) são nossos parceiros nesta busca. Educar para a cidadania e a
cooperação implicam em trabalhar num espaço onde valores estão em primeira
ordem: o respeito e a ética.
4. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Nome da
Instituição de Ensino: Escola Municipal de
Educação Infantil e Ensino Fundamental Cleiton Costa
Endereço: Rua André
Martinelli, 13
Município: Engenho
Velho - RS
Telefone: (54) 3363 –
9611
Responsáveis pela elaboração do Plano de Ensino:
Direção da Instituição de Ensino: Sandra O. Martinelli
Período de vigência do Plano de Ensino: 2015 a 2016
Duração do ano letivo: 200 dias
Carga horária anual: 800 horas
5. FILOSOFIA DA ESCOLA
A
integração do aluno na comunidade na qual faz parte, tornando-o um ser
participativo, responsável, pensante e autônomo em suas decisões.
5.1 Objetivos da Instituição de Ensino
Promover situações para que a Comunidade Escolar possa
trocar conhecimentos e construir um processo de ensino aprendizagem que lhes
possibilite o acesso a informações e atividades complementares e que lhes permita
tornar estes cidadãos críticos, politizados, capazes de exercer conscientemente
sua cidadania, buscando através de uma ação coletiva a garantia de uma vida
mais digna e mais justa.
5.2
Objetivos específicos da Educação Infantil-Creche
As
instituições de Educação Infantil devem constituir espaços de convivência
entre crianças e entre adultos e crianças, assim como de experiências que
possibilitem a ampliação de saberes e conhecimentos de naturezas diversas.
Para bem exercer essas funções, as equipes necessitam pensar que há hoje em
nossa sociedade uma forma nova de compreender a criança. Diferentemente de
entendê-la como alguém que virá a ser um cidadão quando crescer, ela é
considerada cidadã desde o nascimento.
Conforme
as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI), os objetivos
gerais e a função sociopolítica e pedagógica das instituições de Educação
Infantil (Resolução CNE/CEB nº 5/09, artigo 7º) são:
a)
oferecer condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis,
humanos e sociais;
b)
promover a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de
diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às
possibilidades de vivência da infância;
c)
possibilitar a construção, pelas crianças, de um olhar marcado pela preocupação
com a sustentabilidade do nosso planeta, apoiado em hábitos e preocupações
cotidianos com relação à preservação do meio ambiente;
d)
estimular a construção, pela criança e desde pequena, de uma atitude de respeito
aos demais e de uma capacidade para lidar com relações de poder de modo mais
equilibrado, como parte da esperança de termos um mundo mais justo e solidário
para viver.
Para
cumprir seu papel social amplo e complexo, as DCNEIs orientam que a organização
curricular das instituições de Educação Infantil deve, de acordo com o Parecer
CNE/CEB nº 20/2009:
•
assegurar a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo
indissociável do processo educativo;
•
cumprir o dever do Estado com a garantia de uma experiência educativa de
qualidade a todas as crianças na Educação Infantil;
•
conhecer as culturas plurais que constituem o espaço da creche e da pré-escola,
a riqueza das contribuições familiares e da comunidade, suas crenças e
manifestações, e fortalecer formas de atendimento articuladas aos saberes e às
especificidades étnicas, linguísticas, culturais e religiosas de cada
comunidade;
•
combater o racismo e as discriminações de gênero, socioeconômicas,
étnico-raciais e religiosas;
• dar
atenção cuidadosa e exigente às possíveis formas de violação da dignidade da
criança.
O
grande desafio de toda a equipe da instituição de Educação Infantil e da
comunidade é cumprir essas metas
O currículo da Educação Infantil é concebido como
um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das
crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural,
artístico, científico e tecnológico. Tais práticas são efetivadas por meio de
relações sociais que as crianças desde bem pequenas estabelecem com os professores
e as outras crianças, e afetam a construção de suas identidades (Parecer
CNE/CEB nº20/2009).
Resolução
CNE/CEB nº05/0, em seu artigo 6º:
I –
Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao
bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e
singularidades.
II –
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito
à ordem democrática.
III
– Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de
expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais (Resolução
CNE/CEB nº 5/2009).
Para realizar um bom trabalho com as famílias, é preciso que a equipe
escolar:
•
adote
uma postura acolhedora em relação à família das crianças, sem discriminar as
diversas formas de organização: pais adolescentes, mães ou pais solteiros ou
divorciados e casais homossexuais, entre outros;
•
planeje
formas de conversar com as famílias, individualmente ou em pequenos grupos,
para acolher expectativas e preocupações e trocar informações referentes às
crianças;
•
estabeleça mecanismos de comunicação com as
famílias: agenda, boletins informativos e folders, entre outros;
•
converse com os pais sobre o cotidiano e a proposta
pedagógica da instituição de Educação Infantil e sobre as atuações inteligentes
e divertidas de seus filhos, por meio de fotos, portfólio, projeções de slides
ou filmes de uma atividade, exposições de produções infantis e reuniões, ou
pela participação direta deles em algumas atividades propostas às crianças;
•
convide os pais e demais familiares para, na
escola, tocar violão ou produzir algo com as crianças;
•
envolva os pais em projetos da unidade escolar,
convide-os para contar e ler histórias para os filhos, estimule-os a pesquisar
sobre músicas regionais, aspectos da cultura familiar etc.;
•
incentive a participação dos pais nos conselhos
escolares a fim de consolidar formas democráticas de gestão;
•
convide os pais para as entradas e saídas
cotidianas, para participar de brincadeiras ou para observar as atividades na
unidade, entre outras ações de aproximação da família à unidade;
•
organize
espaços para acolhimento dos pais.
Essas medidas
podem ajudar as famílias a perceber que o cotidiano das crianças na instituição
é repleto de descobertas e de momentos de solidariedade. Elas podem auxiliar os
professores e monitores a saber mais sobre as crianças e suas formas de
aprender e se desenvolver.
6.
PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
|
||
RECOMENDAÇÕES E RECURSOS MATERIAIS
|
ASPECTOS INFANTIS DESENVOLVIDOS
|
|
Á R E A S
I N
T
E
R
N
A
S
|
·
Ambientes de caráter lúdico, atrativos e
seguros. Adaptação dos espaços à escala da criança
·
(adequação de tamanho).
·
Adequação às características das crianças com
necessidades especiais.
·
Mobiliário adequado.
·
Sala de vídeo, TV.
·
Salas amplas, de modo a facilitar brincadeiras
espontâneas e interativas:
ü
espaço de leitura
ü
espaço para recorte e colagem, para pinturas
ü
espaço para repouso
ü
espelho
ü
espaço para o faz-de-conta, etc.
|
·
Desenvolvimento sócio emocional. Desenvolvimento
físico motor.
·
(movimentação, autonomia e independência).
·
Capacidade de estimular a construção do
conhecimento.
·
Estímulo à preservação do meio ambiente.
·
Segurança, etc.
|
Á
R
E
A
S
E
X
T
E
R
N
A
S
|
·
Pátios abertos e áreas sombreadas.
·
Espaços livres cobertos para atividades em dias
de chuva.
·
Parque de madeira, de ferro ou plástico
resistente e seguro.
·
Pneus de diversos tamanhos.
·
Caixa de areia higienizada.
·
Casinha.
·
Percursos (trilhas, labirintos e caminhos).
·
Túneis (por exemplo, com manilhas).
·
Paisagismo (plantas diversas), etc.
|
Sugere-se,
dessa forma, a organização da sala em “espaços”, que podem ser demarcados
através de tapetes, pequenas estantes, biombos, placas informativas etc.
Contudo, é necessário o cuidado para não super
dividir o espaço, de forma que se torne impossível a realização de atividades
coletivas ou de movimento amplo, como sugerem Barbosa & Horn (2001).
O desenvolvimento das atividades deve
considerar as necessidades biológicas, psicológicas, sociais e históricas das
crianças. Portanto, é importante considerar três aspectos que servem de
direcionamento e apoio para a organização institucional: o tipo de atividades
propostas, os momentos mais adequados e os locais onde serão melhor realizadas.
O encadeamento de ações pode ocorrer em três
grandes modalidades de organização de tempo, como indica o RCNEI: atividades
permanentes, a sequência de atividades e projetos de trabalho. A primeira modalidade
refere-se às atividades básicas de cuidados, aprendizagem e prazer para as
crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância.
Outra modalidade de sequência de atividades
refere-se àquelas planejadas e orientadas de modo a promover aprendizagens
específicas e são sequenciadas com intenção de oferecer desafios em diferentes
níveis de complexidade. A última modalidade refere-se à construção coletiva de
projeto de trabalho, que será discutida adiante, na organização de conteúdos.
Ainda segundo as orientações do RCNEI, deve
ser estabelecida uma rotina na qual será organizado o tempo do trabalho
educativo realizado com as crianças e nela devem ser contemplados os cuidados,
as brincadeiras e as situações de aprendizagem. A construção dessa rotina
pedagógica de uma turma estrutura o cotidiano escolar e representa para
professores e crianças uma fonte de segurança, fornecendo subsídios para prever
a sequência do trabalho, diminuindo a ansiedade acerca do desconhecido e
organizando o tempo e os espaços disponíveis.
Vale reafirmar que as rotinas da Creche não
significam repetições sucessivas de atividades mecanizadas e desprovidas de
sentido para as crianças, mas uma referência para acomodar uma diversidade de
situações educativas em uma lógica adequada às características infantis. Logo,
requerem flexibilidade e criatividade para adaptá-la ao contexto de cada turma
e de cada escola.
A seguir, apresenta-se no Quadro,
recomendações para uma organização temporal adequada à Educação Infantil,
considerando as três modalidades de organização do trabalho pedagógico
(atividades básicas, atividades sequenciais e construção coletiva de projetos)
e indicando quais os aspectos infantis desenvolvidos.
7. PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO TEMPORAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL
|
||
MODALIDADE
|
RECOMENDAÇÕES
|
ASPECTOS INFANTIS DESENVOLVIDOS
|
ATIVIDADES
BÁSICAS
|
·
Rotina pertinente ao grupo, envolvendo situações
de aprendizagem, cuidados e brincadeiras.
·
Rotina estruturante e consonante com os
objetivos propostos no
·
Projeto Político-Pedagógico da escola.
·
Planejamento do previsível para lidar com o
inesperado.
·
Brincadeiras em espaços internos e externos.
·
Contação de histórias.
·
Roda de conversa.
·
Ateliês ou oficinas de pintura, modelagem,
desenho e música.
·
Atividades com o corpo.
·
Momentos de higiene, alimentação e repouso.
·
Atividades diversificadas.
·
Momentos em que as crianças possam ficar
sozinhas se assim o desejarem, etc.
|
·
Desenvolvimento da percepção, organização e
orientação temporal.
·
Segurança e previsão dos acontecimentos e
sequência de trabalhos.
·
Desenvolvimento sócio afetivo.
·
Desenvolvimento da identidade e autonomia,
através de múltiplas linguagens.
·
Desenvolvimento de aprendizagens em diversos
níveis de complexidade.
·
Ampliação de ideias sobre um assunto específico,
a partir do estabelecimento de múltiplas relações.
·
Desenvolvimento do espírito investigativo de um
pesquisador.
·
|
ATIVIDADES
SEQUENCIAIS
|
Atividades
planejadas, orientadas e sequenciadas.
Ex:
apropriação do esquema corporal, através de desenhos, observação de si mesmo,
com ou sem espelho, observação de pessoas, apreciação de imagens etc., para
que as crianças avancem em relação à representação da figura humana.
|
|
CONSTRUÇÃO
COLETIVA DE
PROJETOS
|
Partir
de hipóteses a serem testadas e de conhecimentos prévios do grupo.
Hipóteses
significativas para o grupo.
|
Apesar da
relevância de uma rotina estruturante na Educação Infantil, os tempos não podem
ser rígidos e imutáveis, visto que a rotina necessita envolver flexibilidade e
limites, pois contempla a subjetividade de um grupo, constituído, em sua
maioria, de crianças que devem ser respeitadas em suas especificidades.
8.
CONTEÚDO INTERDISCIPLINAR
I.
OPORTUNIDADES DE BRINCAR E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Brincar com o
professor ou monitor de cobrir e descobrir o rosto, de procurar e encontrar
objetos escondidos, de se esconder em algum canto da sala e ser encontrado.
·
Brincar com o próprio
corpo, inclusive nas atividades musicadas em que o professor ou monitor
realiza gestos e as crianças procuram imitá-lo.
·
Explorar e manipular
objetos de diferentes tamanhos, texturas e cores.
·
Encaixar peças de
madeira, empilhar cubos, puxar objetos etc.
·
Envolver-se com outros
bebês em troca de objetos ou em ações ritmadas, como bater as palmas das mãos
sobre uma superfície.
·
Sentir a água e a
areia em brincadeiras de tomar banho no pátio em dia de sol, por exemplo.
·
Entrar em túneis e
sair deles e explorar diferentes percursos.
·
Imitar gestos e
vocalizações de adultos, crianças e animais.
·
Brincar com os adultos
de “ler” livros e revistas.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Explorar e manipular
com mais firmeza e criatividade objetos de diferentes tamanhos, texturas e
cores.
·
Encaixar peças de
madeira, empilhar cubos, puxar objetos etc., incluindo essas ações em um faz
de conta.
·
Ajustar gestos e
posições corporais com os de outras crianças, acompanhando o ritmo da música.
·
Entrar em túneis e
sair deles, seguir caminhos feitos com cordas (e outros materiais),
labirintos e explorar diferentes percursos.
·
Brincar de roda
imitando gestos e cantos do educador e dos colegas.
·
Imitar gestos e
vocalizações de adultos, crianças e animais.
·
Brincar com fantasias
e adornos em áreas organizadas especialmente para a imitação.
·
Brincar de
esconde-esconde, de jogar bola, de pique etc.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Explorar e manipular
areia e massinha de modelar na criação de personagens e objetos.
·
Imitar gestos e
vocalizações de adultos, crianças e animais ou imitar objetos (o som do motor
de um carro, por exemplo) nas brincadeiras de faz de conta.
·
Participar de
brincadeiras de roda, tendo ou não o professor como modelo.
·
Utilizar objetos e
vestimentas para assumir papéis no faz de conta, reproduzindo situações
cotidianas.
·
Reproduzir as ações de
uma personagem de uma história lida (imitar o lobo da história, caminhar como
os sete anões quando eles estão cantando e marchando na floresta, por
exemplo).
·
Construir, com base em
modelos, brinquedos com sucata, com tocos de madeira e outros materiais,
casas ou castelos com areia etc.
·
Brincar com a
sonoridade de palavras, criando rimas.
·
Brincar de
esconde-esconde, de pega-pega, de jogar bola, de seguir o mestre, de lenço
atrás, de caça ao tesouro etc.
·
Montar quebra-cabeça
simples.
·
Dramatizar uma
história usando bonecos ou marionetes como atores.
|
II.
EXPERIÊNCIAS PROMOTORAS DE APRENDIZAGEM
a)
Cuidados consigo e com o outro: convivência, saúde, colaboração e ética
Experiências
“que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de
experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação
ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da
criança” (Parecer CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Manipular objetos de
diferentes formas, pesos, texturas, tamanhos, que produzam sons etc., usando
movimentos como pegar, largar, levar à boca, chutar, empilhar, encaixar,
lançar em várias direções e de diferentes modos etc.
·
Explorar os espaços
por meio de movimentos como engatinhar, arrastar-se, andar, descer, subir
etc.
·
Explorar diferentes
partes do corpo (pé, cabeça, mão etc.).
·
Expressar-se por meio
de gestos, expressões faciais, movimentos corporais e balbucios para se
comunicar com diferentes parceiros.
·
Observar-se fazendo
movimentos diante do espelho.
·
Atender ao ser chamado
pelo nome.
·
Imitar gestos de
outras pessoas e reproduzir diferentes ruídos e sons.
·
Acompanhar o ritmo das
músicas com movimentos corporais.
·
Cantar parabéns e
fazer sinal de adeus para alguém que se afasta.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Fazer movimentos como
pegar, largar, levar à boca, chutar, empilhar, encaixar e lançar em várias
direções e de diferentes modos objetos de diferentes formas, pesos, texturas,
tamanhos, que produzam sons, peças de jogos de construção etc.
·
Explorar espaços
maiores e menores por meio de movimentos como andar, correr, saltitar,
descer, subir etc.
·
Discriminar diferentes
partes do próprio corpo (pé, cabeça, mão etc.).
·
Interagir com outras
crianças por meio de gestos, expressões corporais e linguagem oral,
expressando desejos e sentimentos.
·
Observar-se e observar
o outro fazendo movimentos diante do espelho.
·
Reproduzir gestos e
movimentos com o corpo inteiro ou com partes dele.
·
Imitar animais,
personagens e estados de ânimo.
·
Brincar de
esconde-esconde, de jogar bola e de correr, com a supervisão do professor.
·
Observar imagens de
figuras humanas, sejam fotografias ou desenhos, e descrevê-las com ajuda do
professor ou dos colegas.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Explorar o espaço com
mais domínio por meio de movimentos como andar, correr, saltar, saltitar,
subir e descer escadas (alternando os pés), pular sobre um pé, caminhar na
ponta dos pés etc.
·
Orientar-se
corporalmente com relação a: em frente, atrás, no alto, em cima, embaixo,
dentro, fora etc.
·
Ajustar o movimento do
corpo nas diferentes situações das quais participa (brincadeiras e atividades
cotidianas).
·
Perceber e explorar os
efeitos de suas ações sobre os materiais.
·
Realizar movimentos
corporais na exploração dos objetos (pegar, sugar, morder) e na locomoção
(engatinhar, andar, pular, correr).
·
Chutar bola, manipular
objetos, andar de velocípede, brincar de esconde-esconde e pega-pega ou jogar
bola, com supervisão do professor.
·
Experimentar jeitos
diferentes de se mover, como andar como um robô, ou imitar os movimentos de
alguns animais.
|
Para apoiar essas aprendizagens, entre várias ações, é preciso que o
educador:
•
reconheça a importância dos movimentos das crianças;
•
apoie os avanços motores das crianças, valorizando
suas características corporais;
•
promova situações significativas de experiências
sensoriais, expressivas e corporais – brincadeiras, per cursos,
danças e jogos motores – estimulando a movimentação das crianças;
•
crie desafios corporais adequados às competências
motoras das crianças, de modo que elas possam realizá-los com gradativa
autonomia e ampliar essas competências e sua orientação espacial;
•
interaja com as crianças por meio de movimentos,
experimentando jeitos de se mover com os quais elas não estão acostumadas, como
dançar como robô ou imitar os movimentos de animais;
•
utilize o espaço externo da instituição e materiais
como cordas, pneus e tecidos para criar novos desafios corporais e enriquecer o
ambiente com elementos que apoiem a imaginação, a fantasia infantil, nos jogos
que as crianças criam;
•
coloque à disposição das crianças cestos, baús e
caixas contendo objetos com diferentes texturas, tamanhos e cores.
Experiências
que “possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da
autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e
bem-estar” (Parecer CNE/CEB nº 20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Expressar-se
por gestos, balbucios ou palavras para indicar objetos, sentimentos de
alegria ou de desagrado e necessidades.
· Começar
a reconhecer alguns objetos de uso pessoal.
· Reconhecer
as pessoas que cuidam dela. Localizar-se no ambiente.
· Solicitar
aconchego em situações cotidianas.
· Identificar
elementos que lhe provocam medo e buscar ajuda para superá-lo.
· Reconhecer
em si sensações de sede, fome, dor, frio etc., expressando isso aos adultos.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Participar
de diversos momentos de interação, esforçando-se para expressar desejos e
sentimentos.
• Perceber
a vontade de ir ao banheiro e ter progressivo controle dos esfíncteres.
• Realizar
progressivamente a própria higiene, contando com a ajuda de um adulto.
• Limpar
as mãos e o rosto, sempre que necessário.
• Tirar
os sapatos e tentar calçá-los.
• Tirar
sozinho uma peça de roupa e vestir-se com a ajuda de um adulto.
• Exercitar
os papéis de cuidar dos companheiros e ser cuidado por eles.
• Localizar
objetos habituais no ambiente e acessá-los com autonomia.
• Solicitar
aconchego em situações cotidianas.
• Identificar
o que lhe provoca medo e buscar ajuda para superá-lo.
• Iniciar
procedimentos de cuidado com materiais da escola.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Expressar
e manifestar as necessidades pessoais para os adultos por meio de gestos
expressivos e da linguagem oral.
• Ir ao
banheiro sozinho, solicitando ajuda quando necessário.
• Lavar
as mãos, limpar o nariz, usar o sabonete e enxugar-se com a toalha com a
ajuda do adulto.
• Tirar
ou colocar peças de roupa e sapatos em companhia de um adulto.
• Estabelecer
empatias e escolhas de parceiros.
• Cuidar
dos companheiros e apreciar ser cuidado por eles.
• Localizar
no ambiente, objetos habituais e acessá-los com autonomia.
• Solicitar
aconchego em situações cotidianas.
• Ser
cuidadoso com o material da escola.
|
Uma série de destaques pode consolidar ações
pedagógicas que atendam a essas atitudes de cuidado e de acolhimento, muitas
delas articuladas diretamente com as famílias:
·
Seguir orientações
específicas para organizar, com as famílias, o processo de desmame de bebês e
desfralde das crianças.
·
Organizar o repouso
diurno para as crianças que dele precisam.
·
Organizar refeições que
propiciem autonomia, nutrição adequada e socialização em ambiente higiênico,
seguro e confortável.
·
Estimular as crianças a
apreciar os sabores, as cores, as texturas e a consistência de diferentes
alimentos.
·
Ajudar as crianças que
recusam alimentos ou que apresentam dificuldades para se alimentar sozinhas.
·
Disponibilizar água
potável e utensílios limpos individualizados para as crianças beberem ao longo
do dia.
·
Organizar situações em que segurança e saúde sejam
assuntos trabalhados com as crianças.
·
Manter os objetos
utilizados (brinquedos, almofadas, materiais de uso pessoal e coletivo,
lençóis, trocadores, banheiras etc.) em boas condições de higiene e que não
ofereçam riscos à saúde das crianças.
·
Organizar e manter as
áreas interna e externa da instituição limpas e ventiladas, evitando acidentes
e a disseminação de doenças.
·
Cuidar dos materiais
para que, em caso de quebra, não se tornem perigosos para as crianças.
·
Estimular as crianças a
se arrumar.
·
Ensinar as crianças
maiores a usar o sanitário para terem melhor condição de higiene íntima, além
do lavatório, após usar o banheiro, para higiene das mãos.
·
Orientar as crianças a
escovar os dentes após as refeições, a mastigar bem os alimentos e a usar
adequadamente o vestuário, de acordo com o clima.
·
Instruir a criança a
lavar as mãos após realizar uma atividade com tinta ou areia.
·
Orientar a criança a
cuidar dos objetos pessoais.
·
Acolher a criança em
momentos de choro, apatia, raiva, birra ou ciúme, ajudando-a a procurar outras
formas de lidar com seus sentimentos.
·
Orientar de modo
consistente e carinhoso as crianças em relação a comportamentos arriscados, que
devem ser evitados.
·
Zelar pela segurança dos
ambientes externos e internos e mostrar às crianças como isso é feito.
·
Observar, identificar,
registrar, comunicar à família e procurar ajuda quando alguma criança
apresentar alterações no estado de saúde (febre, acidentes, dor, mal-estar).
·
Prestar os cuidados de
saúde prescritos por médicos para as crianças durante o período em que estejam
na instituição educativa.
·
Informar às autoridades de saúde quando suspeitar
que crianças ou profissionais da instituição educativa estejam com doenças
infectocontagiosas e se orientar quanto às providências que devem ser tomadas
no ambiente coletivo.
Experiências
que “possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos
culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo
e reconhecimento da diversidade” (Parecer CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Compartilhar
momentos de brincadeiras com outras crianças e adultos.
• Escutar
músicas de diferentes tradições culturais.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Participar
de atividades que envolvem músicas e danças de diferentes tradições
culturais.
• Compartilhar
momentos de brincadeiras com crianças com diferentes referências culturais.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
•
Ouvir histórias de diferentes tradições culturais.
•
Aperfeiçoar suas maneiras de interagir com outras crianças em danças e em
manifestações de diferentes grupos culturais.
|
Professores e monitores
têm papel fundamental na construção da identidade pelo tratamento dado à
diversidade cultural existente na sociedade. Para tanto, algumas ações podem
favorecer o trabalho pedagógico a ser desenvolvido nas instituições de Educação
Infantil. São elas:
·
propiciar experiências de aprendizagem que envolvam
manifestações artístico-culturais de grupos sociais diversos;
·
procurar conhecer mais sobre as culturas
afro-brasileira e indígena, entre outras, a fim de ter um saber mais
aprofundado e não estereotipado dessas culturas;
·
pesquisar brincadeiras, brinquedos, histórias e
modos de vida das crianças, característicos de diferentes culturas;
·
explorar em diversas situações didáticas a riqueza
de sabores, sons, ritmos, hábitos, histórias etc. das comunidades brasileiras,
incluindo as de zona urbana, rural, dos povos indígenas etc.
b)
Repertório cultural; estética
Experiências
que “ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades
individuais e coletivas” (Parecer CNE/CEB nº 20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Relacionar-se
com outras crianças.
• Participar
de brincadeiras com crianças e adultos.
• Participar
de atividades em grupo que envolvam músicas e histórias.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Brincar
com outras crianças reconhecendo algumas regras para isso.
• Cooperar
com os companheiros e com as outras pessoas.
• Expressar
suas ideias, vontades e sentimentos.
• Apropriar-se
de regras básicas de convívio social.
• Relacionar-se
com as outras crianças, ampliando aos poucos o número de pessoas com as quais
tem contato.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Compartilhar
brincadeiras e brinquedos, integrando-se às atividades coletivas, com a
intervenção de um adulto, estabelecendo relações e afinidades.
• Escolher
o que fazer e com quem brincar.
• Expressar
seus interesses (concordando com outras crianças ou discordando delas, sendo
dependente ou independente).
|
Promover experiências de aprendizagem de participação em atividades
individuais e coletivas demanda uma atitude de escuta e de acolhimento em
relação a cada criança e à turma. Nessa direção, destacam-se algumas ações que
proporcionam confiança e criam um clima de segurança e de tranquilidade para
bebês, crianças e adultos. Para tanto, professores e monitores devem:
·
apresentar e/ou combinar regras com a turma, de modo
claro e justificando proibições;
·
ajudar as crianças a fazer acordos e trazê-los à
pauta de conversa quando necessário;
·
estimular situações de diálogo e de comunicação em
pequenos grupos, ocasião em que as crianças aprendem a escutar e a argumentar;
·
incentivar atividades para facilitar a interação com outras crianças.
Experiências
que “promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas
manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança,
teatro, poesia e literatura” (Parecer CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Acompanhar
a contação de histórias feita pelo adulto.
• Acompanhar
canções e músicas com gestos, imitando o adulto.
• Expressar
gosto ou desagrado, alegria, medo ou tensão em relação a uma apresentação.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Fruir
de diferentes estilos de música, teatro, dança e demais expressões da cultura
corporal (circo, esportes, mímicas etc.).
• Cantar
trechos de canções conhecidas e imitar gestos que as acompanhem.
• Participar
de situações de cantigas de roda.
• Seguir
o ritmo das músicas com movimentos corporais.
• Demonstrar
atenção para ouvir, responder ou imitar apresentações.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Fruir
e explorar diferentes estilos de música, teatro, dança e demais expressões da
cultura corporal (circo, esportes, mímicas etc.).
• Descrever,
imitar ou comentar, individualmente ou em grupo, as apresentações assistidas,
identificando algumas de suas características.
• Cantar
canções conhecidas e imitar gestos que as acompanhem.
• Apreciar
e seguir ritmos diferentes de músicas e canções com movimentos corporais.
|
Para mediar o trabalho
pedagógico nesse campo, o professor e o monitor devem:
·
enriquecer a forma de as crianças apreciarem as
apresentações, destacando aspectos como sons, luzes, cenários, fantasias e
falas das personagens;
·
conversar com as crianças sobre as personagens
apresentadas;
·
acolher e respeitar os sentimentos e as opiniões
das crianças em relação à apresentação assistida;
·
estimular as crianças a dizer o que entenderam da
apresentação assistida;
·
estimular as crianças a descrever os sentimentos de
agrado ou desagrado, de medo ou de felicidade, em relação à apresentação;
·
convidar a família para definir e planejar alguns
eventos, como também deles participar.
Experiências
que “propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e
tradições culturais brasileiras” (Parecer CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Apreciar canções e
músicas representativas de diferentes manifestações culturais, acompanhando o
ritmo com movimentos corporais.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Apreciar canções e músicas
representativas de diferentes manifestações culturais brasileiras.
·
Participar de
cantigas de roda.
·
Reconhecer e usar
rimas nas brincadeiras.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Participar de
brincadeiras que envolvam jogos verbais (parlendas e outros textos da
tradição oral, como quadrinhas e adivinhas).
·
Interessar-se por
brincadeiras e canções relacionadas às tradições culturais brasileiras.
·
Reproduzir canções
representativas de diferentes manifestações culturais do Brasil.
|
É importante que o
professor e o monitor organizem situações em que as crianças possam:
·
vivenciar diversas manifestações culturais, como
brincadeiras, jogos e canções tradicionais de sua comunidade e de outros
grupos;
·
assistir a apresentações de teatro profissional e
popular com fantoches, sombras ou atores, de música ou de dança;
·
participar de eventos como festas juninas, assistir
aos maracatus nos cortejos de carnaval ou a uma apresentação de forró, por
exemplo, considerando as manifestações locais, e não apenas as veiculações
massificadas da televisão, do rádio e da internet;
·
conhecer e valorizar as manifestações da comunidade
como parte do patrimônio cultural da humanidade (visita a museus, a centros de
artesanato etc.).
c)
Linguagens e tecnologias: arte, dança, teatro, cinema, informática e ciência
Experiências que “favoreçam a imersão das crianças nas
diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e
formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical” (Parecer
CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Começar a apreciar canções e músicas.
•
Imitar gestos e movimentos explorando o
espaço (em cima, embaixo, para a frente, para trás, à esquerda, à direita
etc.) com base em estímulos musicais.
·
Explorar tintas, pincéis ou giz de cera em
diferentes superfícies e tipos de papel, demonstrando interesse em realizar
marcas gráficas.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Reconhecer sons familiares.
•
Explorar as possibilidades sonoras dos
instrumentos e dos objetos cotidianos.
•
Fruir de canções e músicas.
•
Participar de momentos musicais.
•
Reproduzir gestos ou pequenas falas de
personagens observados presencialmente ou em filmes.
•
Participar de situações de jogos simbólicos
tendo oportunidade de realizar diferentes posturas corporais, gestos e falas
que delineiam certos papéis.
•
Explorar tintas, pincéis e diversos tipos
de lápis ou de giz em diferentes superfícies e tipos de papel.
•
Brincar com areia e massinha de modelar.
•
Imitar ou criar movimentos explorando o
espaço (em cima, embaixo, para a frente, para trás, à esquerda, à direita)
com base em estímulos musicais.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
·
Diferenciar som do silêncio, forte do
fraco, rápido do lento.
•
Imitar diferentes ruídos e sons musicais
com objetos e instrumentos.
•
Cantar diferentes canções ou trechos.
•
Explorar sons do cotidiano e reconhecer sua
ausência ou sua presença.
•
Diferenciar os sons de objetos sonoros e de
instrumentos musicais.
•
Acompanhar a execução de obras musicais
variadas (clássicas, populares, étnicas, cantadas e instrumentais).
•
Participar de dramatizações em que
reproduzam histórias contadas.
•
Representar personagens em teatro de
fantoches, de bonecos, marionetes, sombras etc.
•
Imitar animais ou personagens expressando
sensações (frio ou calor) ou diferentes estados de ânimo (aborrecido, triste
ou contente).
•
Explorar diferentes maneiras e suportes
para desenhar, pintar, modelar ou fazer colagens com a utilização de tintas,
pincéis e diversos tipos de lápis ou de giz, em diferentes superfícies e
tipos de papel.
•
Participar de danças de diferentes gêneros
e de outras expressões da cultura corporal (circo, jogos desportivos etc.):
ü imitando ou
criando movimentos com o uso de materiais diversos (lenços, bola, fitas
etc.);
ü explorando o
espaço (em cima, embaixo, para a frente, para trás, à esquerda, à direita)
com base em estímulos diversos (tipo de música, espaços, objetos, imagens,
fantasias, histórias etc.);
ü experimentando
as qualidades do movimento (lento ou rápido; forte ou leve) com base em
estímulos diversos.
|
Nessa
direção, vale a pena os professores e monitores se dedicarem a:
•
acolher as formas de cada criança se expressar sem
impor um padrão de produção;
•
interagir com as crianças para ajudá-las a atuar,
planejando seu trabalho expressivo e investigando o que gostariam de fazer, o
que lhes chama a atenção e como poderiam interagir com as diferentes
linguagens;
•
organizar um ambiente rico em:
ü adereços e vestimentas para a criação de figurinos para dançar e
dramatizar.
Experiências
que “possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e
interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e
gêneros textuais orais e escritos” (Parecer CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
•
Brincar de produzir sons com o professor,
com outras crianças e sozinha.
•
Ouvir histórias e reconhecer elementos das
histórias nas ilustrações.
•
Reconhecer o significado de algumas
palavras usadas em seu cotidiano.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
•
Usar palavras e pequenas frases para se
expressar em diversas situações do cotidiano, inclusive para manifestar
diferentes necessidades (com ou sem o auxílio do adulto).
•
Participar de conversa coletiva,
apoiando-se na fala complementar do professor.
•
Ficar atento quando lhe contam histórias
com a utilização de diferentes recursos visuais (figuras, fantoches, livros,
imagens projetadas etc.).
•
Reconhecer, no livro, as histórias e alguns
de seus elementos.
•
Acompanhar oralmente passagens de histórias
de repetição.
•
Acompanhar parlendas e outros textos da
tradição oral, como quadrinhas e adivinhas.
•
Ampliar progressivamente o vocabulário.
•
Identificar a escrita do próprio nome.
•
Reconhecer textos, como convite para
aniversário e listas variadas.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
•
Fazer uso da linguagem oral para conversar,
comunicar-se, relatar vivências e expressar emoções, desejos, vontades,
necessidades e sentimentos, nas diversas situações cotidianas de interação.
•
Participar de conversa coletiva,
apoiando-se não apenas na fala complementar do professor, mas também em sua
memória e em seus recursos expressivos.
•
Relatar experiências vividas, utilizando um
vocabulário cada vez mais elaborado.
•
Participar com desenvoltura de brincadeiras
que envolvam jogos verbais.
•
Ouvir histórias e se manifestar a respeito
delas.
•
Nomear e reconhecer elementos das histórias
nas ilustrações.
•
Desenvolver alguns comportamentos leitores
(manusear livros, revistas, jornais etc.; perceber a orientação da leitura:
da esquerda para a direita, de cima para baixo, virar páginas no sentido
convencionado; contar a história ou parte dela; no caso dos livros, mostrar
algo, tecer comentários etc.).
•
Relacionar texto e imagem e fazer
antecipações na leitura de histórias.
•
Recontar passagens da história ou a
história toda, valendo-se do livro e da ajuda do professor.
•
Ouvir os colegas, esperando seu momento de
falar.
•
Reconhecer e nomear as letras iniciais de
seu nome.
•
Reconhecer a semelhança gráfica entre a
inicial do seu nome e a inicial do nome de outras crianças cujo nome comece
com a mesma letra.
•
Brincar de anotar recados e de fazer lista
de compras.
|
Algumas atividades que envolvem a linguagem verbal e que devem estar
presentes cotidianamente na Educação Infantil são:
•
roda de conversas;
•
momentos de contar e ler histórias;
•
brincadeiras cantadas;
•
brincadeiras de faz de conta;
•
declamação de poemas;
•
dramatização de histórias;
•
jogos de palavras ou de invenção de rimas;
•
jogos de nomear/reconhecer objetos e
características;
•
reconto de histórias pelas crianças.
Para sistematizar esse trabalho de forma consciente, o professor e o
monitor devem:
•
escolher textos do ponto de vista ético (o que não
implica usar a história para moralizar) e estético (textos que possam promover
boas experiências de leitura, que envolvam as crianças);
•
preparar o ambiente provocando suspense, lançando
questões de antecipação e de retomada do conteúdo do texto, promovendo trocas
de impressões e de apreciação etc.;
•
variar as formas de contar história (contação oral, dramatização,
leitura dramática, com e sem interrupções para lançar questões etc.).
Experiências que
“possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas
fotográficas e outros recursos tecnológicos e midiáticos” (Parecer CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Interagir em ambientes com variação de iluminação (sombras, cores
etc.).
• Participar de contação de histórias em que se utilizam diferentes
recursos visuais (fotografias, filmes, imagens, retroprojetores etc.).
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Observar
fotografias de si, de outras pessoas e de eventos, tendo o apoio do relato de
um adulto sobre a imagem.
• Participar de contação de histórias em que se utilizam diferentes
recursos visuais (fotografias, imagens, retroprojetores etc.) e sonoros.
• Observar variação de iluminação (sombras, cores etc.) produzida no
ambiente.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Observar fotografias de si, de outras pessoas e de eventos,
construindo narrativas coletivas sobre as imagens.
• Participar de contação de histórias em que se utilizam diferentes
recursos visuais (fotografias, imagens, retroprojetores etc.) e sonoros.
|
Para tanto, cabe ao educador:
•
prover ações que possibilitem às crianças aprender
para que servem os materiais tecnológicos e midiáticos e como utilizá-los,
organizá-los e cuidar deles;
•
refletir no espaço da instituição de Educação
Infantil sobre a condição atual de uso e inserção da tecnologia, superando
juízos de valor basicamente pautados em gostos.
d)
Espaço e movimento: ambientes de aprendizagem, experiências sensoriais e
expressão corporal
Experiências que
“recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas,
medidas, formas e orientações espaço temporais” (Parecer CNE/CEB nº 20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Explorar os espaços da instituição.
• Brincar de encontrar objetos e, gradativamente, antecipar onde eles
podem estar escondidos e fazer o deslocamento necessário para procurá-los.
• Fazer tentativas de jogar objetos.
• Reconhecer momentos e rituais de mudança de atividades na rotina.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Explorar o
espaço, realizando deslocamentos de objetos e de si mesmo.
• Conhecer os espaços habituais da escola e ter curiosidade para
explorar outros espaços.
• Antecipar situações e atividades cotidianas com base em determinados
símbolos e rituais.
• Escutar canções e participar de jogos e brincadeiras que envolvam
contagem.
• Participar de atividades de exploração e manipulação (agrupar
objetos, oferecê-los, recolhê-los, colocar um dentro do outro etc.).
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
• Deslocar-se em meio a obstáculos dispostos ao longo do trajeto
(passando por cima, por baixo, rodeando, equilibrando-se etc.).
• Realizar contagens de pequenos grupos de objetos.
• Orientar-se em relação às rotinas diárias (colação, merenda, almoço
e descanso).
• Relatar fatos que compõem episódios cotidianos, ainda que com o
apoio de recursos e/ou do professor.
• Construir objetos com diferentes materiais.
• Conhecer os espaços da escola e suas funções, compreendendo as
noções de dentro/fora, em cima/ embaixo, perto/longe e explorando caminhos
diversos para chegar a um lugar.
• Perceber os efeitos de suas ações sobre os materiais.
• Explorar traçados verticais, horizontais e em círculos.
• Diferenciar objetos segundo suas propriedades sensoriais e físicas.
• Descrever algum atributo (pequeno/grande, comprido/curto,
redondo/quadrado) de objetos diversificados.
• Explorar notações numéricas em diferentes contextos: registro de
jogos, controle de materiais da sala, quantidade de pessoas que vão merendar
e que vão a um passeio.
|
Para
propiciar as experiências de aprendizagem aqui destacadas, os professores e os
monitores podem:
•
organizar arranjos espaciais que possibilitem a
interação da criança em seus ambientes;
•
incentivar a criança a explorar o espaço;
•
organizar pequenos passeios no entorno da unidade,
chamando a atenção para o caminho percorrido e os pontos de referência;
•
definir marcadores temporais que ritualizam a
passagem do tempo e organizam o cotidiano da criança;
•
organizar a rotina com regularidade e nela incluir
novidades, possibilitando à criança aprender sobre o que está acontecendo e o
que vai acontecer, como também perceber as mudanças em seu cotidiano;
•
informar à criança momentos de passagem de uma
atividade para outra, utilizando-se de marcadores regulares (músicas, comportamentos
e rituais) que, aos poucos, vão sendo apropriados por ela;
•
disponibilizar:
ü tabelas com
sequências numéricas (por exemplo, o calendário) para apoiar a experiência de
contagem e a percepção do uso dos números pela criança.
Experiências
que “incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento,
a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social,
ao tempo e à natureza” (Parecer CNE/CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Experimentar
diferentes alimentos, manusear variados objetos e sentir aromas que estimulem
a visão, a audição, a gustação e o olfato.
· Fazer
tentativas e observações de jogar objetos, vendo-os cair.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Experimentar
diferentes alimentos, manusear variados objetos e sentir aromas que estimulem
a visão, a audição, a gustação e o olfato.
· Criar misturas
com consistência diferente (dura ou mole), temperatura variada (quente ou
fria), pesos diversos (leve ou pesado).
· Explorar
materiais e objetos, observando suas transformações.
· Brincar com
areia, massinha de modelar e tintas.
· Realizar
atividades de exploração e de manipulação (agrupar objetos, oferecer e
recolher, colocar um dentro do outro etc.), em companhia de um adulto e,
progressivamente, sozinha.
· Observar
fenômenos e elementos da natureza no dia a dia, identificando algumas de suas
características.
· Explorar o
entorno natural e ter cuidado com animais e plantas.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Criar misturas
com consistência diferente (dura ou mole), temperatura variada (quente ou
fria), pesos diversos (leve ou pesado).
· Conhecer
algumas espécies de vegetais e cuidar de algumas delas, desenvolvendo
atitudes de preservação e respeito pelo meio ambiente.
· Interessar-se
pelos animais, questionando e formulando hipóteses (por exemplo, sobre bichos
do jardim e da horta).
· Construir
objetos com materiais diversos.
· Participar de
jogos na água e na areia.
· Observar
fenômenos e elementos da natureza no dia a dia, identificando algumas de suas
características.
· Apresentar
explicações sobre experiências e fatos vivenciados.
· Explorar e
descrever os materiais experimentados.
|
Experiências que “promovam a
interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da
sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos
naturais” (Parecer CNE/ CEB nº20/2009).
PARA
CRIANÇAS DE 0 A 1 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Explorar o
ambiente de vivência.
|
PARA
CRIANÇAS DE 1 A 2 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Explorar os
espaços internos e externos da unidade escolar, participando de sua
organização.
· Nomear animais
e plantas.
· Iniciar
procedimentos de cuidados com os materiais utilizados em atividades.
· Guardar
brinquedos e materiais nos devidos lugares depois de utilizá-los nas
atividades.
|
PARA
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANO
|
SITUAÇÕES DE
APRENDIZAGEM
|
· Guardar
brinquedos e materiais nos devidos lugares depois de utilizá-los nas
atividades.
· Cuidar das
plantas em jardins e hortas.
· Interessar-se
pelos animais, pelos bichos de jardim e de horta, fazendo questionamentos
sobre eles.
· Conhecer os
cuidados que se deve ter com animais de estimação.
|
Nesse sentido, no desenvolvimento do trabalho
pedagógico, professores e monitores devem:
·
conversar com as crianças sobre temas relacionados
ao meio ambiente;
·
selecionar materiais ecologicamente adequados para
as atividades;
·
estabelecer com as crianças rotinas diárias de
guardar brinquedos e materiais nos devidos lugares depois de utilizá-los e de
usar moderadamente água e energia para iluminação;
·
organizar áreas para depósito de inservíveis e de
lixo;
·
envolver as crianças em projetos variados relativos
à horta, à coleta seletiva e à reciclagem;
·
fortalecer cotidianamente relações de amizade,
solidariedade e cuidado entre as pessoas
9
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Na
Educação Infantil, a avaliação da aprendizagem é instrumento de reflexão sobre
a prática pedagógica na busca, pelo professor, de melhores caminhos para
educar, conforme os elementos que podem contribuir ou dificultar as
possibilidades de expressão da criança, sua aprendizagem e seu desenvolvimento.
O que é “avaliar” nessa
fase do desenvolvimento da criança?
A
avaliação, hoje, se inclui na preocupação em garantir o direito da criança a
uma Educação Infantil de qualidade. Sua finalidade é incluir as crianças no processo
educacional e assegurar a elas êxito em sua trajetória.
Nessa
etapa, a avaliação é destinada a auxiliar no processo de aprendizagem, sendo
que o papel do professor e do monitor é o de compartilhar com as crianças as
observações que sinalizam seus avanços e as possibilidades de superação de
eventuais dificuldades. No que se refere às crianças, a avaliação deve permitir
que elas acompanhem suas conquistas.
Na educação
infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu
desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº
9394/96,
artigo 31).
A avaliação constitui
um processo contínuo e abrangente que considera a criança em sua
integralidade. É parte inerente do processo de formação e, portanto, deve ser
parâmetro para o desenvolvimento de todo o trabalho pedagógico na Educação
Infantil.
Dois devem ser os focos da avaliação:
1) Processo de ensino e aprendizagem
Nesse sentido, a construção de indicadores do que se entende por uma
Educação Infantil de qualidade, processo do qual devem também participar as
famílias das crianças, pode dar pistas importantes para a avaliação do ponto de
vista institucional.
Indicam-se, a seguir,
alguns pontos que podem nortear a avaliação do trabalho pedagógico.
a) Quanto às
atividades
·
Quais foram propostas e como foram realizadas?
·
Que material foi oferecido e como as crianças o utilizaram?
·
Quais foram o espaço e o tempo garantidos para a realização das
atividades?
·
Todas as crianças participam ao mesmo tempo da mesma atividade ou há
espaço para a ocorrência de atividades diversificadas?
·
Quais as atividades preferidas das crianças?
·
A partir de que idade as crianças se alimentam sozinhas?
·
Em que tipo de brincadeiras as crianças se envolvem? Como elas ocorrem?
·
Quais campos de experiências são mais trabalhados com as crianças?
·
Qual é o tempo diário dedicado às atividades de brincar, ler
histórias, pintar e cantar?
b) Quanto às
interações
·
Que instruções e apoios foram oferecidos às crianças individual e
coletivamente?
·
Como o professor ou o monitor respondeu às manifestações e às falas das
crianças?
·
Qual foi a dinâmica dos agrupamentos que as crianças formaram?
·
As interações infantis caminharam para o alcance das aprendizagens?
·
Com base nas informações extraídas do processo avaliativo, o
professor ou o monitor poderá sentir-se seguro quanto à forma como as situações
de aprendizagem foram organizadas ou perceber a necessidade de modificá-las.
2) Processo de aprendizagem e
desenvolvimento de cada criança
Conhecer as preferências de cada criança, a forma de ela expressar
sentimentos e realizar as atividades, escolher os parceiros prediletos para a
realização de diferentes tipos de tarefa etc. pode ajudar o professor a
encontrar formas de interagir com ela e de flexibilizar a organização das
atividades do modo mais adequado a favorecer o alcance de seus propósitos e as
aprendizagens. As experiências motoras de aprendizagem contidas na Proposta
Curricular orientam a elaboração de um registro do desenvolvimento da criança
pelos profissionais envolvidos. O professor e o monitor, nos mais variados
momentos, devem registrar suas observações a partir das situações cotidianas e
dos comportamentos de cada criança, bem como as brincadeiras e as interações
estabelecidas no dia a dia. Esse registro pode ser feito por meio de
relatórios, portfólios, tabelas, fotografias, desenhos, álbuns etc.
O portfólio é um procedimento de avaliação que cumpre a função de ser
também instrumento de registro e que propicia a memória dos processos de
ensino e de aprendizagem, tanto para as crianças quanto para os professores.
O portfólio é uma tarefa de suma importância para as crianças, pois as
coloca constantemente em contato com sua aprendizagem. Nele, as crianças
registram, de maneira concreta, o seu caminho ao longo da escolaridade. Ele
funciona, assim, como “um baú de memórias”. No fim do ano ou do ciclo, a
criança terá um dossiê de sua trajetória e contará com um acervo valioso para
auxiliá-la nas próximas etapas do sistema de ensino. Para as crianças menores,
o professor pode organizar esse material, possibilitando que a memória dessa
trajetória não se perca e possa ser acessada pela própria criança em
diferentes momentos da vida escolar.
Assim, o portfólio pode constituir-se, tanto para as crianças quanto
para os professores, em uma coleção dos trabalhos que conta a história de seus
esforços, progressos, desempenho, criações, dúvidas etc. Assim, o portfólio
pode ser considerado um instrumento de registro importante para a avaliação
dos processos. Por fim, além de servir como instrumento de auto avaliação e de
registro da memória dos processos, o portfólio pode ser um instrumento de
comunicação com os pais e/ou responsáveis.
Outro documento é a ficha avaliativa, documento oficial e semestral da
Secretaria Municipal de Educação, que possibilita o registro do processo de desenvolvimento
e aprendizagem da criança.
Como dispõem as DCNEIs, a
documentação referente às observações, bem como os dados sobre a aprendizagem
da criança ao longo de sua trajetória na Educação Infantil, deve ser entregue
por ocasião de seu ingresso no Ensino Fundamental, para garantir que se mantenha
atenção continuada ao processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança e
compromissada em apontar possibilidades de avanços.
10
TEMAS TRANSVERSAIS
Os temas transversais
serão trabalhados através de projetos desenvolvidos na escola, abordando os
seguintes temas:
·
Ética
·
Pluralidade Cultural
·
Meio Ambiente
·
Saúde
·
Orientação Sexual
·
Cidadania
·
Cultura Afro-brasileira e indígenas
·
Amizade e respeito entre os seres humanos.
11 AVALIAÇÃO
A avaliação
contínua do desempenho do educando com prevalência dos aspectos qualitativos;
A avaliação
como parte do processo de aprendizagem tem a função diagnóstica no sentido de
acompanhar o processo ensino-aprendizagem desenvolvido pela escola, assim como
conhecimentos e experiências adquiridas pelos alunos fora da escola, porém
relevantes no processo educativo.
A avaliação é
a fonte principal de informação e referência para a organização e formação de
práticas pedagógicas que possibilitem a aprendizagem e o crescimento dos
alunos.
A avaliação
escolar considera todas as dimensões de aprendizagem cognitiva, afetiva,
cultural, social e os aspectos atitudinais.
A avaliação
tem por finalidade:
I – acompanhar
e aperfeiçoar o processo de aprendizagem do aluno;
II – tomar decisões
quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem;
III - Promover
a adequação dos conteúdos e métodos de ensino a serem aplicados na turma.
A avaliação
incide sobre o desempenho do aluno em diferentes experiências de aprendizagem.
A avaliação utiliza instrumentos diversificados como:
I – maior
importância à atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal
sobre memorização;
II – testes
escritos, trabalhos de pesquisas, atividades individuais e em grupo que exijam
criatividade;
A avaliação é
registrada em documentos próprios, como: diário de classe, boletim escolar e
fichas individuais, a fim de assegurar a autenticidade da vida escolar do aluno.
O professor
utiliza vários instrumentos de aferição do conhecimento do aluno, em consonância
com o Plano de Estudo e o seu Plano de Trabalho.
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